Em entrevista ao comentarista da Sky Sports e ex-jogador do Manchester United, Gary Neville, o novo técnico dos Red Devils, Rúben Amorim, falou sobre os desafios de comandar o clube e sua visão para o futuro.
Primeiras impressões sobre o trabalho:
“Minha primeira impressão é que a escala aqui é gigantesca, com muitos departamentos. Venho de um grande clube em Portugal, mas isto é um mundo completamente diferente. Há muito trabalho a ser feito. Aqui, você não é apenas treinador; precisa assumir muitos outros papéis.”
“É algo diferente, mas acredito que estou preparado. Este é o Manchester United. O que aconteceu nos últimos anos não importa. Certamente enfrentaremos momentos muito difíceis, mas, no final, estou confiante de que teremos sucesso.”
Por que os técnicos anteriores falharam?
“Não vou tentar apontar os erros ou encontrar o que faltou para Ten Hag, Mourinho ou Van Gaal. Acho que isso seria perder tempo. Fui escolhido porque viram algo em mim e porque tenho meu próprio jeito de trabalhar.”
“Não sei o que faltou a eles, mas sei como quero fazer as coisas e o que meu estilo de jogo precisa para alcançar o sucesso.”
Como implementar uma pressão mais alta no campo?
“Primeiro, precisamos ser melhores atletas. Isso ficou claro para mim nos dados que vimos desde que chegamos.”
“Quando falo em estar mais preparado fisicamente, não me refiro a peso ou aparência, mas sim aos números. Para pressionar alto, é preciso entender as distâncias percorridas, a quantidade de sprints e outros dados relevantes.”
“Também precisamos ser mais eficientes com a posse de bola. Estamos perdendo a bola rápido demais. Para pressionar bem, é essencial ter posse mais longa. Se você não perde a bola, pode manter sua equipe mais avançada no campo, e isso facilita a pressão alta.”
Princípios inegociáveis:
“Pode parecer óbvio, mas esforço e profissionalismo são fundamentais. Isso deveria ser um padrão em qualquer clube, mas aqui, no Manchester United, é inegociável.”
“O mais importante é colocar a equipe em primeiro lugar. Eu entendo os jogadores e seus truques, porque fui jogador também. Mas se não colocarem a equipe à frente, serei o primeiro a abordá-los.”
“Defenderei meus jogadores até o fim, mas se alguém não priorizar o time, terei uma conversa direta com ele. Prefiro perder meu emprego a criticar um jogador publicamente. A união da equipe vem antes de tudo.”